O que considerar antes de implementar IA na sua empresa | Artigo por Tatiana Oliveira, CEO da AI Brasil.
Nos últimos anos, a inteligência artificial deixou de ser um tema restrito a especialistas para ocupar espaço relevante nas discussões estratégicas das empresas.
Ainda assim, o discurso dominante costuma vir carregado de previsões catastróficas ou promessas grandiosas, geralmente propagadas por grandes players globais.
Esse tipo de narrativa gera medo, ansiedade e a impressão de que a tecnologia está fora do alcance da maioria. Mas a realidade é mais simples: a IA já faz parte do cotidiano há muitos anos, presente em aplicativos, serviços e processos, com potencial real de transformar vidas e negócios de forma gradual e concreta.
Para as corporações que desejam incorporar mais tecnologia em suas operações, é essencial mudar a perspectiva: a IA não deve ser vista como ameaça, mas como aliada na tomada de decisões, na adequação de processos e na liberação de tempo para que as pessoas se concentrem no que realmente importa: estratégia.
O primeiro passo é entender que ela não é apenas uma tendência passageira ou uma ferramenta a mais. Ela já compõe a estratégia das organizações que buscam competitividade.
Ignorá-la é abrir espaço para que concorrentes avancem mais rapidamente na revisão de produtos, na eficiência operacional e até na reinvenção de modelos de negócio.
No entanto, a adoção da IA não começa pela tecnologia em si. Muitas empresas ainda procuram soluções sem clareza sobre os problemas que desejam resolver, um erro comum.
É preciso começar pela pergunta certa: qual decisão ou desafio precisa ser resolvido? Em alguns casos, automações simples já geram grandes resultados; em outros, algoritmos sofisticados são indispensáveis.
A escolha da ferramenta adequada depende da clareza do objetivo a ser alcançado.
Isso porque tecnologia sem propósito não gera valor. Portanto, é fundamental identificar o problema antes de buscar ferramentas. O segredo está em começar com a necessidade real, e não com a solução da moda.
Outro fator decisivo é a liderança. A principal barreira hoje não é técnica, mas cultural. Executivos sentem-se pressionados a se posicionar como especialistas em IA, mesmo sem formação na área, o que muitas vezes gera mais insegurança do que confiança.
Para que a implementação seja bem-sucedida, é necessário um olhar humano, capaz de acolher dúvidas, reduzir medos e traduzir a tecnologia em impacto concreto para as pessoas.
Para que esse movimento seja sustentável, é preciso uma liderança empática e transparente. A comunicação deve ser clara e acessível, promovendo entendimento em vez de reforçar barreiras.
Cabe aos líderes conduzirem suas equipes com proximidade e sensibilidade, tornando a transição tecnológica mais segura e significativa.
Por fim, é essencial que a inteligência artificial não permaneça restrita a uma bolha de especialistas ou grandes corporações.
O conhecimento precisa ser democratizado, alcançando diferentes setores e perfis profissionais. Só assim será possível transformar a IA em um recurso verdadeiramente útil, capaz de ampliar oportunidades, reduzir desigualdades e gerar valor de forma sustentável.
Autora: Tatiana Oliveira é CEO da AI Brasil, hub brasileiro de Inteligência Artificial, que democratiza e aproxima a tecnologia da vida real.
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