Não existe transição sustentável sem educação de profissionais do mercado de capitais
No PRI in Person, diretor da associação debateu futuro do investimento sustentável e do crédito privado no Brasil
São Paulo, 5 de novembro de 2025 – Cacá Takahashi, diretor da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade, destacou a educação de profissionais do setor financeiro como um dos pilares para escalar o investimento sustentável em mercados emergentes, particularmente na indústria de crédito privado. O executivo participou de debate no PRI in Person, conferência internacional sediada em São Paulo entre 4 e 6 de novembro.
“Precisamos ter ainda mais gestores e outros profissionais da indústria capacitados para considerarem questões ESG em análises de investimentos. Esse é um processo contínuo, por isso a Anbima incluiu ESG em todas as provas para certificações profissionais”, afirmou. Segundo o diretor, esse pilar não só impulsiona a oferta de produtos mais sustentáveis, mas garante a transparência do mercado e uma boa experiência para o investidor.
Takahashi participou de painel promovido pela BB Asset e pela Régia Capital ao lado de Michael Kashani, da Apollo Global Management; Pedro Matos, da Universidade de Virginia; e Luis Szafir, da Régia Capital.
O executivo destacou a necessidade de construção de instrumentos para o investimento de longo prazo. “O EcoInvest é um ótimo exemplo de uso do blended finance no Brasil, com diferentes linhas de crédito que tornam projetos sustentáveis mais atrativos para investidores privados”, avaliou.
Os recentes avanços no mercado local também estiveram em pauta. Takahashi mencionou que o país foi pioneiro ao incorporar, na Resolução CVM 193, os padrões IFRS S1 e S2, regras internacionais para relato de informações financeiras sobre sustentabilidade e sobre clima.
“O Brasil se tornou referência ao adotar um framework com comparabilidade internacional. Isso impulsiona a transparência nas companhias abertas e traz clareza para as análises das assets e para a construção de portfólios resilientes”.
Ele também cita a recente publicação da Taxonomia Sustentável Brasileira, ressaltando a importância de que as iniciativas feitas aqui considerem as particularidades locais, mas mantenham a comparabilidade com padrões internacionais. “Tudo que fizermos tem que conversar com o ambiente internacional — é preciso garantir a interoperabilidade das regras”, afirmou Takahashi.
Anbima no PRI In Person
A associação, que patrocina e está presente nos três dias da conferência, mantém um estande na área de expositores e participa de debates na programação oficial:
- “Capacity building in EMDEs”, com Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima, no dia 5, às 15h35, no palco Community Stage; e
- “What’s next for the evolving reporting and disclousures landscape?”, com Cacá Takahashi, diretor da Anbima e coordenador da Rede ANBIMA de Sustentabilidade, dia 6, quinta, às 9h45, na sala satélite – painel 4F.
A Anbima também organizou o evento paralelo “Brazil overview: credibility and opportunities in sustainable finance”, na terça-feira, dia 4.
Sobre o evento
O PRI In Person é a conferência global organizada pelo PRI (Princípios para o Investimento Responsável, na sigla em inglês), da ONU, entidade que promove a adoção de fatores ESG (ambientais, sociais e de governança) no mercado de capitais. Realizado este ano no Brasil, de 4 a 6 de novembro, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo, o fórum reúne mais de mil lideranças e profissionais da indústria de investimentos.
Sobre a Anbima
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.
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