A hora da educação corporativa

Educação

A hora da educação corporativa | Artigo por Jarbas de Biagi, presidente da UniAbrapp.

O mundo em constante transformação, ao qual se somam no Brasil crônicas deficiências na formação profissional, levaram empresas e organizações do país a privilegiar a educação corporativa.

Há tempos ficou evidente que essa é uma necessidade premente para que se consiga atender às crescentes demandas do mercado de trabalho – e, mais ainda, para que aumente o nível de produtividade do país, necessidade imediata em um planeta cada vez mais competitivo.

Conscientes dessa realidade, empresas públicas e privadas aumentam a cada ano investimentos em treinamentos, universidades corporativas e parcerias com escolas de negócios para acelerar a qualificação de gestores e equipes.

Veja-se o levantamento “Panorama do Treinamento no Brasil”, da ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento).

Depois do impacto da pandemia, as organizações voltaram a aumentar orçamentos para aprendizado dos colaboradores: nada menos que 94% das empresas ouvidas pela pesquisa têm orçamento específico para T&D.

Calcula-se que o investimento tenha crescido 14% em média em 2024, somando R$ 1,2 mil por pessoa. A média de treinamento foi de 24 horas no ano.

A proliferação de universidades corporativas e de programas in-company reforça esse quadro.

Muitas organizações, como foi o caso da Abrapp (associação dos fundos de pensão) com a UniAbrapp, criaram estruturas próprias de ensino para alinhar competências ao plano estratégico.

Levantamentos recentes indicam um aumento sensível na adoção dessas universidades ao longo da última década.

As escolas de negócio e players especializados também acompanharam a demanda. Instituições brasileiras de referência — como a Fundação Dom Cabral (FDC), Ibmec e Saint Paul — ampliaram portfólios de programas abertos, MBAs executivos, programas customizados e cursos curtos, tanto presenciais quanto digitais. Essas escolas também reportam crescimento das bases ativas de alunos.

Quando se olha para o futuro, esse quadro aponta para mais crescimento e evolução contínua. Para isso contribui, entre outros fatores, o ensino digital, que reduz custos e facilita a aferição de resultados, com cursos que adotam conjuntamente as alternativas presencial e on-line.

De olho nessa realidade, escolas e organizações têm utilizado crescentemente as alternativas adequadas para que o ensino digital siga evoluindo.

É o caso da plataforma LMS (Learning Management System), sistema que gerencia o aprendizado on-line ao fornecer recursos para criação, entrega e acompanhamento dos cursos.  

Além disso, faciita a administração de conteúdos educacionais, avaliações e interações entre instrutores e alunos.

Também ocupa cada vez mais espaço a formação de parcerias entre empresas, universidades e escolas de negócio, incluindo iniciativas públicas de criar redes de universidades corporativas em estatais.

Trata-se de um movimento de grande importância, não apenas porque aumenta a oferta de profissionais qualificados como padroniza competências críticas.

Não se pode esquecer a importância das ferramentas tecnológicas que dão suporte a essas tendências.

Nesse sentido, a Inteligência Artificial tem papel central, ao permitir a criação de assistentes virtuais e algoritmos personalizados que aceleram o aprendizado e tornam os cursos mais eficazes.

Na mesma linha, a gamificação e os simuladores são métodos interativos que aumentam o engajamento dos colaboradores.

E a mensuração conta com o People Analytics, que usa dados para medir o impacto dos treinamentos e orientar decisões estratégicas.

Em um mundo cada vez mais veloz, utilizam-se cada vez mais modelos de ensino em trilhas curtas e certificações internas – uma necessidade de reciclagem rápida diante da transformação trazida pela Inteligência Artificial e pela automação.

A tendência de adotar conteúdos orientados a resultados de negócios é outra tendência que se consolida, com currículos desenhados para formar competências estratégicas como liderança, ESG, transformação digital e ESG.

Com isso, estamos criando no Brasil um ecossistema de aprendizagem corporativa estratégico, mensurável e diretamente ligado às necessidades dos negócios.

Muito bom para as empresas e melhor ainda para o país que assim passa a contar com uma economia mais forte, formada por empresas cada vez mais preparadas e com crescente produtividade do trabalho – pré-requisitos para quem quer e precisa ocupar lugar de ponta no cenário global.

Autor: Jarbas de Biagi, presidente da UniAbrapp, Universidade Corporativa da Previdência Complementar.

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